Project Description

Maior acervo arquitetônico da imigração italiana

O fato de concentrar o maior acervo arquitetônico da imigração italiana em meio rural do país e a preocupação com a preservação do patrimônio histórico material e imaterial rendeu aos Caminhos de Pedra o qualificativo de “museu vivo”.

Se a palavra Serra Gaúcha só lhe faz pensar em Vinícolas. Isso é até você conhecer o Caminhos de Pedra

São mais de 25 pontos para a visitação e cerca de 43 pontos para a observação.

Tudo o que um turista pode querer

O roteiro chamado de Caminhos de Pedra, tem tudo o que um turista pode querer: lindas paisagens, boa comida, recordações de todos os tipos para levar para casa e personagens inesquecíveis. E tem mais: conta a história da imigração italiana em terras gaúchas.

Casas eternas, que nem o tempo foi capaz de derrubar

Construídas pelas famílias mais humildes, que não tinham recursos para erguer suas moradias em madeira, as casas de pedra tornaram-se uma espécie de símbolo de pobreza. A matéria-prima era encontrada na própria terra, abundante em pedras. O preenchimento entre os blocos irregulares de basalto era feito com uma mistura de palha, barro e estrume de animais. Erguia-se assim, devido à necessidade e à falta de posses, um conjunto de casas eternas, que nem o tempo foi capaz de derrubar. A melhora na vida financeira das famílias, no entanto, fez com que muitas delas desejassem esconder o passado de penúria, representado pela casa de pedra. Foi comum, no início do século 20, a construção de anexos de madeira e a aplicação de reboco sobre as paredes.

Agroindústria construída em tijolos maciços à vista, com características arquitetônicas típicas da imigração italiana. Produz e oferece no varejo, que funciona no porão de pedra da família, variados doces de frutas cultivadas na propriedade, com destaque para os figos. Neste local, o visitante pode também desfrutar de uma bela vista do vale do rio Buratti e do Salto Tomasini.

O imigrante italiano Giuseppe Benedetti, procedente de Lovara, (Vicenza, na Itália) chegou à Colônia Dona Isabel (hoje como Bento Gonçalves) em 1877, erguendo anos depois uma casa de pedra, próximo de onde hoje se situa a igreja São Pedro da Linha Salgado. Aliando a história do local à secular experiência familiar na elaboração de vinhos, as famílias Tecchio e Benedetti passaram a elaborar, desde 1967, uma linha de vinhos varietais nobres dentro dos mais sofisticados processos de vinificação desenvolvidos em parceria com a Vinícola Miolo. Totalmente remodelada e cercada de parreirais a nova vinícola está aberta à visitação desde 2009.

A construção surgiu no ano 2000, utilizando pedras basálticas e com característica peculiar da arquitetura italiana. O empreendimento está no Roteiro Caminhos de Pedra, em homenagem ao imigrante italiano que cultivava o tomate para o consumo da família e o refrigerante natural (gasosinha), produzido em ocasiões especiais (no Natal ou na Páscoa). A bebida era mantida em porões de pedra ou em pequenos córregos. A casa abriga a família, que é descendente de italianos, e tem como objetivos a preservação e a divulgação da história do local, bem como a importância da existência do roteiro. Além da língua portuguesa, o visitante é atendido no dialeto italiano e na língua inglesa. Em 2012 iniciou-se a produção da cerveja artesanal, incluindo a de tomate. A casa oferece um passeio em vários ambientes: indústria, plantação, varejo e degustação de derivados do tomate e refrigerante natural.

A tradição de elaborar vinhos teve início com Guilherme Fontanari que, em 1929, fundou a Cooperativa Vinícola Aurora. Desde então, a família sempre esteve profundamente ligada ao vinho, onde nos últimos 35 anos, elabora os vinhos apenas para consumo próprio e para presentear amigos e familiares. Recentemente, a família Fontanari abriu as portas para o público.

A Casa Fontanari é uma vinícola familiar, que mescla o uso da tecnologia com o peso da tradição italiana trazida à região pelos imigrantes italianos em 1875. Os vinhos são elaborados a partir das melhores uvas selecionadas em vinhedos próprios, situados ao redor da vinícola.

A família acredita que a relação pessoal do homem com a terra, com a uva e posteriormente com o vinho é o segredo para a elaboração de vinhos únicos, ou seja, de vinhos com muita personalidade. E para que o antigo processo de elaboração de vinhos com a alma se mantenha vivo, o número de garrafas produzidas é limitado, evitando a industrialização e a perda da personalidade.

Em um lugar mágico, bem no coração do Roteiro Caminhos de Pedra, está o Parque da Ovelha. Dentro de sua estrutura, está a fazenda, o laticínio e o parque de vivências. Sua porta de entrada fica em um casarão construído em 1917 e que mantém suas características originais, por se tratar de um prédio histórico, testemunha do desenvolvimento e da história do lugar. O Parque proporciona um momento de diversão para toda a família, com experiências típicas de uma fazenda de ovinos e possui uma loja turística que vende os derivados de leite de ovelha produzidos na propriedade (muitos sem glúten e sem lactose) e muitos “souvenirs”. Um local para momentos felizes junto às ovelhas!

O Parque da Ovelha é um atrativo de sucesso dentro do Roteiro Caminhos de Pedra e tem suas atrações em horários que se combinam com os afazeres da fazenda. O atendimento é feito por uma equipe de monitores, que se revezam no atendimento de loja, degustações e atrações. O visitante tem, a cada 30 minutos, acesso a uma das atrações, que podem ser repetidas durante o dia e variam de acordo com o cronograma do dia.

A Salumeria Caminhos de Pedra é uma casa especializada em embutidos, (salames, copas, culatellos, etc.). Historicamente o salame representa uma das mais antigas formas de conservação da carne. O seu nome deriva do latim medieval salumen, ou seja, o melhor das coisas temperadas. A casa onde a salumeria se encontra, apresenta uma edificação característica da imigração italiana no Rio Grande do Sul, mostrando a integração entre as antigas técnicas de origem Etrusco-Romana e da tradição construtiva da arquitetura camponesa do norte da Itália, origem da família Agnoletto, proprietária da Salumeria Caminhos de Pedra.

Abriu suas portas em julho de 2005 em uma casa que originalmente pertenceu à família Dal Pizzol e estava localizada no interior de Farroupilha. O velho casarão de madeira, construído por volta de 1910, foi desmontado e reconstruído pelo atual proprietário Edemilsom Tomasi que, com a família, recebe o visitante colocando à disposição do mesmo peças de artesanato, souvenirs e lembranças. No andar superior funciona um pequeno museu, onde está exposto o ferramental utilizado tradicionalmente pelos artesãos locais para trabalhar a madeira. Na cozinha da casa funciona uma fábrica de massas caseiras que produz artesanalmente tortéi, capeletti, massas e biscoitos típicos do cardápio italiano.

Justina Foresti resgatou a arte da tecelagem manual e passou a receber os turistas no seu pequeno atelier em sua residência. A partir de 2008, o casarão de madeira, originalmente construído em 1915, é recuperado para então receber a Casa da Tecelagem.

Na casa funciona o atelier, onde o visitante pode presenciar a produção de peças exclusivas, tecidas nos teares manuais e que podem ser adquiridas no local. O atelier possui um tear e uma roca antigos, fabricados há mais de um século.

Casa totalmente em pedra irregular, construída por volta de 1880 pelo imigrante Giovanni Strapazzon. Possui as características das casas de pedra da primeira geração de imigrantes, tendo sido adaptada posteriormente para a função de cantina (local onde se faz e armazena o vinho), a partir da construção da nova residência em alvenaria, mais próxima da estrada. Sempre pertenceu à família Strapazzon e foi cenário, em 1995, de algumas cenas do filme “O Quatrilho”. No local, desde 1992, são acolhidos os visitantes e explica-se todo o processo de elaboração do vinho. A residência atual da família Strapazzon, com porão construído em pedras regulares e parte superior em alvenaria, foi edificada em 1940, no mesmo local onde anteriormente se erguia a residência de madeira, mantendo a tradição da cozinha separada do restante da casa. No porão, o visitante pode degustar e adquirir produtos coloniais como pão, queijo, salame, copa, vinhos, graspa e suco de uva, dentre outros.

Funciona num prédio em formato octogonal, que começou a ser construído em 1994 com pedras basálticas irregulares, extraídas no próprio local. Foi oficialmente inaugurada em 2003 e desde então, o atendimento é realizado por membros da família, oferendo ao visitante degustação e comercialização de vinhos finos varietais como merlot e tanat, bem como de uvas rústicas resgatadas como peverella, goeth e barbera, além do saboroso suco de uva. A vinícola dispõe também de restaurante em ambiente climatizado, onde é servido jantar com cardápio típico italiano, mediante agendamento prévio para grupos de ao menos 40 pessoas. Disponibiliza ainda a possibilidade de apresentações artísticas, que podem ser solicitadas ao agendar o jantar.

Com uma bela construção em madeira típica da região, a Casa das Cucas Vitiaceri está localizada em meio ao roteiro Caminhos de Pedra e oferece produtos coloniais no amplo porão que abriga o varejo do empreendimento.

O varejo oferece espumantes, vinhos, sucos de uva e as cucas recheadas mais tradicionais do roteiro, tudo com a qualidade e o sabor Vitiaceri. No período da vindima, durante a colheita da uva, o turista pode passear pelos parreirais e colher suas próprias uvas. No “piccolo vigneto”, há parreirais especiais para as crianças, oferecendo muita alegria e diversão para os bambinos também.

Construída no local onde funcionava o antigo moinho Cecconello, a casa é exemplo de um processo de aculturação. A Erva-Mate, planta muito comum na região, era conhecida e utilizada como bebida pelos índios, também chamados de bugres, que a chamavam de “ca-á”. O imigrante italiano, além de absorver o hábito de consumi-la, agregou-lhe a tecnologia que permitiu a produção em grande escala. No local é feita a demonstração do processo de produção artesanal, com históricos soques movidos à roda d’água. No varejo, que funciona no porão da residência da família Ferrari, é explicado ao visitante todo o ritual da preparação do tradicional chimarrão gaúcho, seguido de degustação do mesmo. O varejo também concentra uma grande variedade de artigos e produtos ligados à erva-mate e ao tradicionalismo gaúcho, que podem ser adquiridos pelo visitante.